Pedro Siza Vieira prefere não fazer antevisões como as que foram anunciadas por Bruxelas, que apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) português deverá recuar 9,8% em 2020. “Não sou economista nem ministro das Finanças, não tenho de fazer previsões. Tenho de ajudar a criar as condições para que as empresas possam responder o melhor possível a todas as circunstâncias do mercado”, afirmou.

“Olhando para as projeções, aquilo que vemos é que a Comissão Europeia estima que o pior momento do ano tenha sido o segundo trimestre”, acrescentou o ministro.

“E já estima um crescimento neste terceiro trimestre com alguma importância e com uma continuação do nosso crescimento nos meses seguintes. Vamos esperar que a situação pandémica a nível mundial evolua positivamente. Vamos continuar a apoiar as nossas empresas, vamos ver o exemplo de empresários que vão à luta e que se apoiam no esforço dos seus trabalhadores, e tentar fazer com que a retoma seja segura e certa”, referiu ainda.

A visita à MatCerâmica, em São Mamede, concelho da Batalha, no distrito de Leiria, serviu para “ouvir como é que passaram os momentos mais difíceis do confinamento e como se está agora a comportar um mercado, que ainda é incerto, mas que, apesar de tudo, está a reagir bastante bem”.

“Percebemos que a produção está sólida e que as perspetivas neste momento são positivas. Com alguma insegurança sobre os meses que se seguem, mas com a sensação de que o pior já passou. [Esta é] uma empresa, como outras do distrito, que investiram no passado, não só na melhoria dos processos produtivos, mas na marca, na inovação, no ‘design’, estão melhor preparadas para responder à retoma do mercado”, admitiu.

O director-geral da MatCerâmica, Marcelo Sousa, aproveitou a visita de Pedro Siza Vieira para contribuir com sugestões para novas medidas.